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21/07/2025

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🎙️#34 Fagner Albano participa ao vivo do Bom Dia 99 e comenta conquista educacional

Estudante de Miraí será acolhido por família estrangeira durante intercâmbio promovido por programa estadual

Durante entrevista concedida ao vivo no programa Bom Dia 99, Fagner Albano revelou que sua participação no Passaporte Mineiro do Conhecimento inclui uma etapa internacional, que prevê o acolhimento por uma família residente no exterior. O destino do intercâmbio ainda não foi divulgado oficialmente pela Secretaria de Estado de Educação, mas o estudante afirma estar se preparando para vivenciar uma imersão cultural completa fora do Brasil.

“Vou sair da minha cidade, da minha rotina e dos meus vínculos para viver em outro país, com outra cultura e sendo acolhido por uma família que ainda não conheço. É um desafio grande, mas também uma oportunidade que poucas pessoas da minha realidade têm”, afirmou Fagner durante a transmissão.

A experiência está inserida em uma estratégia educacional que busca ampliar horizontes e fomentar a formação global de estudantes da rede pública. De acordo com o próprio programa, o intercâmbio visa oferecer contato direto com centros de ciência, inovação e práticas educacionais em contextos internacionais, além de promover o desenvolvimento de habilidades como fluência em idiomas, autonomia, resiliência emocional e adaptabilidade.

Dados do Ministério das Relações Exteriores indicam que, em 2023, pouco mais de 3 mil estudantes brasileiros da rede pública participaram de programas de intercâmbio formal, representando menos de 0,05% do total de matriculados. O principal entrave para a participação desses jovens ainda é a barreira socioeconômica. “Intercâmbios educacionais estão historicamente restritos às classes médias e altas. Iniciativas como essa reduzem desigualdades históricas de acesso ao conhecimento global”, explica a socióloga e pesquisadora da Unicamp, Dra. Renata Queiroz.

Para Fagner, a experiência vai além do aprendizado acadêmico. Ele destaca o impacto emocional e pessoal de deixar sua cidade natal, Miraí, uma cidade com pouco mais de 14 mil habitantes, segundo o IBGE (2022). “Venho de uma realidade simples. Nunca viajei para fora do Brasil. Ter a chance de representar minha cidade e viver com uma família estrangeira é algo que muda a vida de qualquer jovem”, disse.

A seleção para esse tipo de experiência exige não apenas desempenho escolar, mas também histórico de engajamento comunitário, cartas de motivação e avaliações sobre maturidade emocional e capacidade de adaptação. Ao ser aceito no programa, Fagner passou por etapas de preparação que incluíram oficinas sobre diversidade cultural, ética global e protocolos de convivência em contextos familiares distintos.

Além do impacto pessoal, especialistas em educação apontam que vivências como essa podem gerar efeitos multiplicadores. “Quando um jovem de origem periférica passa por um intercâmbio internacional, ele não volta apenas com novos conhecimentos: ele inspira sua escola, sua cidade e seus pares a acreditarem que é possível romper barreiras sociais por meio da educação”, afirma Cristina Alves, consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A ida de Fagner ao exterior está prevista para o segundo semestre deste ano. Ele será recebido por uma família parceira do programa, que atuará como núcleo de apoio afetivo e logístico durante o período de imersão. O tempo de permanência varia de acordo com a edição do projeto e pode chegar a até três meses, conforme informações do Governo de Minas Gerais.

A médio prazo, iniciativas como o Passaporte Mineiro do Conhecimento pretendem consolidar redes internacionais de cooperação educacional voltadas à juventude da periferia educacional brasileira. Já há conversas em curso, segundo a Secretaria de Estado, para ampliação de parcerias com instituições na Europa, América do Norte e países lusófonos da África.

Fagner encerrou a entrevista com uma mensagem aos jovens da sua cidade: “Mesmo vindo do interior, de uma escola pública, é possível alcançar experiências que pareciam distantes. O importante é não desistir e acreditar no seu próprio caminho”.

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