Em entrevista ao Plantão 99, da Rádio 99 Play, o Tenente Jardim, da Polícia Militar, confirmou a atuação de equipes especializadas na remoção de um artefato explosivo encontrado em Miraí. Durante a participação, o militar também destacou a preocupação com o aumento significativo de acidentes no município e em cidades vizinhas.
De acordo com a Polícia Militar, o artefato, identificado como um morteiro, foi localizado em uma área urbana da cidade. A operação mobilizou equipes do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) de Minas Gerais, que realizaram a remoção e o desarme do explosivo com protocolos rigorosos de segurança.
“O local foi isolado imediatamente, garantindo a proteção de moradores e evitando qualquer risco maior. O BOPE fez a retirada do artefato de forma segura”, explicou o Tenente Jardim ao Plantão 99.
Ainda segundo o militar, a situação é considerada grave e inédita nos últimos anos no município. As circunstâncias sobre como o artefato foi parar no local seguem sob investigação. Não há, até o momento, indícios de ligação com grupos criminosos ou ações terroristas, mas a possibilidade de materiais antigos ou de uso irregular não está descartada.
Paralelamente à operação, o Tenente também fez um alerta à população sobre o crescimento preocupante dos índices de acidentes em Miraí e região. Segundo ele, o número de ocorrências, especialmente envolvendo motociclistas, vem crescendo nas últimas semanas. Rodovias que ligam o município, como a estrada Miraí–Muriaé, concentram parte dos registros mais graves, incluindo colisões frontais e acidentes fatais.
“Aumentou muito o número de acidentes. Precisamos de mais conscientização por parte dos motoristas e de ações mais firmes na fiscalização”, destacou Jardim.
A tendência segue um padrão observado em diversas cidades brasileiras. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil ocupa uma das primeiras posições no ranking global de mortes no trânsito. A situação se agrava em municípios de pequeno e médio porte, onde há menos estrutura para ações de prevenção e controle.
O episódio do artefato explosivo também remete a casos registrados em outras partes do mundo, onde dispositivos desse tipo acabam sendo encontrados por civis, seja por descarte irregular, abandono de materiais de uso militar ou até tráfico de armas. A polícia, no entanto, reforça que, no caso de Miraí, não há elementos que apontem para risco sistemático, embora as investigações estejam em andamento.
A Polícia Militar segue monitorando os desdobramentos tanto sobre o artefato explosivo quanto sobre o aumento dos acidentes. As autoridades reforçam a importância da participação da comunidade, com denúncias e colaboração, além de alertarem para a necessidade urgente de campanhas de conscientização no trânsito e investimentos em segurança pública. O caso expõe desafios estruturais que afetam não só Miraí, mas diversos municípios brasileiros.
