Iniciativa reforça o compromisso do Santuário Nacional de Aparecida com a ecologia integral, unindo fé, tecnologia e cuidado com a casa comum. A Usina Fotovoltaica São Francisco, em sintonia com a encíclica Laudato si’, do Papa Francisco, e em comemoração aos 800 anos do Cântico das Criaturas, com cerca de 12 mil placas solares, será inaugurada nesta sexta-feira (11/07).
Vatican News
No dia 11 de julho, às 10h, o Santuário Nacional de Aparecida inaugura a Usina Fotovoltaica São Francisco, projeto que prevê gerar até 65% da energia consumida no complexo de acolhida da Basílica. A iniciativa marca um avanço na sustentabilidade institucional, em sintonia com a encíclica Laudato si’, do Papa Francisco, e em comemoração aos 800 anos do Cântico das Criaturas. A bênção e o acionamento da usina acontecem na Fazenda São José, propriedade localizada a 3 km do Santuário.
Com uma área de implantação da equivalente a 80.837,99m², cerca de 12 mil placas solares, com aproximadamente dois metros cada uma, captam a luz do sol e a transformam em energia limpa, ou seja, uma energia que não polui o meio ambiente. Tecnologia que visa ampliar o uso de energia limpa dentro do Santuário e em todo o seu complexo, como o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, o Centro de Apoio ao Romeiro, a Cidade do Romeiro e os hotéis.
Alinhado ao Vaticano, o Santuário Nacional promove essa iniciativa como uma resposta concreta à Carta Apostólica Fratello Sole (“Irmão Sol”), publicada em junho de 2024 em forma de motu proprio. No documento, o Papa Francisco, reforça que a transição para fontes de energia limpa é urgente e necessária para proteger a criação e os mais vulneráveis às mudanças climáticas.
O projeto conta com cerca de 12 mil placas solares pra gerar energia limpa
Características que impressionam
Usina Fotovoltaica São Francisco apresenta, em seus detalhes, um cuidado concreto com a Casa Comum, ao ser um sistema que oferece:
• Geração limpa e silenciosa: não emite gases poluentes (como CO₂, NOx ou SO₂), evitando a contribuição para o aquecimento global e a chuva ácida. Além disso, não gera ruídos, ao contrário de usinas eólicas ou térmicas o que minimiza a perturbação da fauna local.
• Baixíssimo uso de água: utiliza quantidades mínimas de água, apenas para limpeza dos painéis, diferentemente de hidrelétricas e termoelétricas que consomem grandes volumes para resfriamento e operação.
• Longa vida útil e reciclabilidade: os painéis têm vida útil estimada entre 25 e 30 anos, com desempenho decrescente, mas ainda funcional. Possuem componentes como vidro, alumínio e silício, que podem ser reciclados ao final do ciclo de uso, reduzindo o passivo ambiental.
A geração anual estimada da usina é de 10.200 MWh, o que representa a redução de aproximadamente 5.100 toneladas de CO₂ lançadas na atmosfera a cada ano. Esse volume de energia limpa é suficiente para abastecer cerca de 5.600 residências ao longo de um ano, reduzindo significativamente a dependência de fontes convencionais e poluentes. Com 80.837,99 m² de área útil e cerca de 12 mil painéis solares, o projeto desponta como um dos maiores empreendimentos fotovoltaicos do Vale do Paraíba.
Todos esses aspectos vão além de soluções tecnológicas. São, sobretudo, um testemunho concreto de responsabilidade ecológica e de um verdadeiro compromisso com a Casa Comum.