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08/07/2025

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Junho frio no Sul do Brasil teve calor recorde ao redor do mundo

De Nigéria ao Japão, do Paquistão à Espanha, o mês de junho foi o mais quente já registrado em 12 países e teve temperaturas excepcionalmente altas em outros 26, segundo análise da AFP com base em dados do monitor europeu Copernicus.

DIMITAR DILKOFF/AFP/METSUL

Cerca de 790 milhões de pessoas na Europa, Ásia e África enfrentaram o junho mais quente de suas histórias. Em outros 26 países, incluindo Reino Unido, China, França, República Democrática do Congo e Etiópia, o mês foi o segundo mais quente já registrado.

Especialistas afirmam que ondas de calor se tornaram mais frequentes e intensas devido ao aquecimento global.

Uma onda de calor precoce atingiu o Oeste e o Sul da Europa no fim de junho, levando calor escaldante à região de Paris, na França, e a partes da Bélgica e da Holanda, onde esse tipo de temperatura não é comum.

Cerca de 15 países, incluindo Suíça, Itália e todos os estados dos Bálcãs, registraram temperaturas até 3ºC acima da média histórica de junho (1981–2010). Espanha, Bósnia e Montenegro tiveram o junho mais quente da história.

O Japão também teve o junho mais quente já registrado desde 1898, com temperaturas recordes em 14 cidades durante uma onda de calor. A temperatura das águas costeiras ficou 1,2°C acima do normal, empatando com junho de 2024 como a mais alta desde o início das medições em 1982, segundo a agência meteorológica japonesa em 1º de julho.

O verão do ano passado no Japão já havia sido o mais quente, empatado com 2023, seguido do outono mais quente em 126 anos. As tradicionais cerejeiras estão florescendo mais cedo devido ao clima mais quente — ou, em alguns casos, nem florescendo totalmente, já que os outonos e invernos não estão frios o suficiente para induzir a floração, segundo especialistas.

A Coreia do Sul e a Coreia do Norte também registraram seu junho mais quente da história, com temperaturas 2°C acima da média.

Na China, 102 estações meteorológicas registraram o dia de junho mais quente já medido, algumas com temperaturas acima dos 40°C, segundo a mídia estatal.

As temperaturas atingiram níveis recordes de junho no Paquistão (com 250 milhões de habitantes) e no Tajiquistão (com 10 milhões). Esses recordes vieram na sequência de uma primavera excepcionalmente quente na Ásia Central. Vários países, incluindo Paquistão, Tajiquistão, Irã, Afeganistão, Uzbequistão e Quirguistão, tiveram a primavera (abril a junho) mais quente já registrada.

Na Nigéria, o sexto país mais populoso do mundo, com 230 milhões de habitantes, as temperaturas também atingiram níveis recordes para junho de 2024.

Outras partes da África Central e Oriental também enfrentaram calor extremo. Junho foi o segundo mês mais quente da história — atrás apenas de 2024 — na República Centro-Africana, Sudão do Sul, Camarões, República Democrática do Congo e Etiópia.

No Sudão do Sul, as temperaturas superaram a média histórica de junho em 2,1°C, uma variação excepcional em uma região onde o clima costuma ser mais estável. O país pobre e instável, com pouca infraestrutura para enfrentar desastres ambientais, já havia sofrido com uma onda de calor devastadora em março, tradicionalmente o mês mais quente do ano. Com alunos desmaiando nas escolas da capital Juba, o governo ordenou o fechamento das escolas e recomendou que a população ficasse em casa.

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