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09/07/2025

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Estudo sobre mudanças no clima projeta ondas de calor mais longas

Com base em análise estatística de dados históricos e projeções climáticas de modelos, um novo estudo revela que não apenas as ondas de calor estão se tornando mais frequentes em um mundo em aquecimento, como suas durações também aumentam.

MARCO BERTORELLO/AFP/METSUL

A pesquisa demonstra que cada grau de aquecimento regional adiciona mais dias consecutivos de calor intenso do que o grau anterior. A curva que descreve esse aumento de duração se intensifica com o avanço do aquecimento, levando a ondas de calor significativamente mais prolongadas conforme o clima esquenta ainda mais.

Quando essa curva é normalizada pela variabilidade local de temperatura, observa-se uma relação quase universal entre regiões, permitindo que projeções futuras sejam comparadas com mudanças já observadas no presente. Isso fortalece a confiança de que a tendência de “ondas de calor cada vez mais longas” continuará nos próximos anos.

E não é só: os picos de duração — ou seja, as ondas mais extremas e raras — apresentam o aumento percentual mais acentuado em probabilidade.

Isso cria um duplo fator de risco: além de dias mais quentes, os eventos excepcionais tornam-se muito mais prováveis, com impactos agravados para a saúde, agricultura, infraestrutura e ecossistemas.

O estudo é um alerta: a adaptação não pode focar apenas em dias quentes isolados, mas precisa considerar a tendência de calor persistente, que agrava estresse hídrico, mortalidade e esforço logístico em diversas regiões.

Nas últimas semanas, uma intensa onda de calor assolou a Europa, evidenciando os mecanismos em estudo. O fenômeno começou no final de junho, com uma massa de ar quente trazida do Norte da África, formando um robusto “domo de calor” sobre a região.

Em Portugal, o município de Mora registou impressionantes 46,6°C no final de junho — temperatura mais alta já registrada no país para o mês

Na Espanha, a província de Huelva alcançou os 46°C, enquanto Barcelona teve seu junho mais quente em mais de um século. Na França, escolas foram fechadas e visitas a Torre Eiffel foram suspensas entre 1º e 2 de julho .

Na Itália, 17 das 27 grandes cidades ficaram em alerta vermelho; houve mortes e proibição de trabalho ao ar livre. Na Grécia, o mês de junho tornou-se o segundo mais quente desde o começo dos registros, resultando em incêndios florestais e interdições de trabalho externo.

Em resposta, autoridades adotaram medidas emergenciais: restrições de trabalho ao ar livre, suspensão de aulas, fornecimento de água gratuita em estações de trem e adaptação de transportes públicos. Em vários países, hospitais e abrigos climatizados foram mobilizados para proteger pessoas vulneráveis.

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