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21 palestras TED para inspirar educadores e oferecer novas ideias para o dia a dia


por Vinícius de Oliveira / Ruam Oliveira / Ana Luísa D’Maschio 12 de abril de 2025

Em tempos de tantas mudanças e desafios na educação, encontrar fontes de inspiração pode fazer toda a diferença. As TED Talks são palestras curtas e impactantes sobre temas diversos, disponíveis gratuitamente no site TED.com e também no canal oficial do projeto no YouTube, que já reúne mais de 26 milhões de inscritos.

A sigla TED vem de Technology, Entertainment and Design (Tecnologia, Entretenimento e Design), e o ciclo de palestras teve início em 1984, nos Estados Unidos, com o objetivo de promover a convergência entre essas três áreas. Desde então, o projeto cresceu e se transformou em um espaço global de compartilhamento de ideias.

Hoje, as TED Talks funcionam como verdadeiras “aulas magnas” do século 21. Em apresentações de até 18 minutos, especialistas de diferentes partes do mundo compartilham reflexões que inspiram práticas pedagógicas, desafiam o pensamento tradicional e ampliam os horizontes dentro e fora da sala de aula.

Para educadores em busca de renovação, essas falas oferecem reflexões práticas de especialistas de diversas partes do mundo: desde educadores conceituados, como José Moran, até ativistas como a líder indígena Nemonte Nenquimo, que demonstra como a sabedoria dos povos tradicionais pode transformar nossa relação com o planeta.

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Cada apresentação funciona como um atalho para o desenvolvimento profissional, oferecendo conteúdos que poderiam levar meses para ser encontrados em livros acadêmicos.

O verdadeiro poder das palestras TED está na combinação entre técnica narrativa e conhecimento científico. Diferentemente das formações tradicionais, elas emocionam, fixam-se na memória e podem reacender o propósito de educar. Funcionam como “injeções de ânimo” com base teórica sólida, ideais para inspirar planejamentos de aula ou a criação de projetos pedagógicos inovadores.

Talvez o maior valor dessas palestras seja mostrar que a educação transcende a sala de aula. Quando um educador assiste a uma TED, deixa de ser apenas espectador e torna-se agente de transformação, levando aos estudantes discussões sobre inteligência artificial, sustentabilidade ou justiça social com a mesma urgência com que ensina matemática.

Em listas anteriores, reunimos palestras clássicas, como a do educador Ken Robinson (“Como as escolas matam a criatividade”) e da psicóloga Angela Duckworth (sobre a importância da garra). Confira as palestras mais recentes selecionadas pelo Porvir.

Palestrantes brasileiros

Aline Castro
Diversidade educacional e transformação social

Na palestra “Diversidade educacional e transformação social”, Aline Castro, cientista e professora pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aborda os desafios enfrentados por pessoas com deficiência na busca por direitos básicos como acessibilidade e educação. Ela critica a romantização da superação individual, destacando que ser chamado de “herói” apenas por lutar por acesso revela uma falha estrutural na garantia de direitos essenciais.

Aline defende que a educação deve ser um espaço de inclusão real, onde a diversidade seja valorizada e o capacitismo enfrentado. Para isso, é essencial formar educadores conscientes e promover uma cultura de acessibilidade que vá além do físico, transformando a sociedade em um ambiente mais empático, justo e acolhedor.

Barbara Carine
A escola dos sonhos existe!

Durante sua participação no TEDxSalvador, a educadora e cientista Barbara Carine apresentou a Escola Afro-Brasileira Maria Filipa, iniciativa pioneira no país voltada para a valorização da identidade e ancestralidade de crianças negras. Fundada em 2020, em Salvador, a escola foi idealizada como um espaço inclusivo e antirracista, onde a construção do conhecimento rompe com os padrões eurocêntricos tradicionalmente adotados no sistema educacional brasileiro.

Segundo a educadora, a proposta da escola é proporcionar às crianças negras um ambiente onde se sintam representadas e valorizadas desde os primeiros anos, reconhecendo suas histórias e contribuições históricas. Ao mesmo tempo, a instituição também acolhe crianças brancas, promovendo uma formação baseada na diversidade e no respeito às diferenças. Para Barbara, é fundamental que a escola seja um espaço de desenvolvimento humano integral, capaz de gerar afetos, formar consciências e contribuir para a construção de uma sociedade mais plural e igualitária.

Jô Freitas
Da roça aos livros: a transformação através da literatura

A escritora e poeta Jô Freitas usou o palco do TEDxCampinasWomen para contar como a literatura transformou sua trajetória. Nascida no Nordeste, cresceu em um ambiente de escassez, onde sonhar era um exercício de sobrevivência. Ao se mudar para São Paulo, enfrentou o preconceito contra seu sotaque e as raízes nordestinas – uma tentativa constante de se adequar a uma cultura que negava sua identidade.

Foi nos saraus periféricos que encontrou seu lugar de reconexão. Por meio da poesia, recuperou a voz, a ancestralidade e uma forma de enfrentar as opressões cotidianas. “Escrevo por vingança contra todos os patrões que quiseram me reduzir à vassoura”, declarou, ao apresentar um trecho de seu livro “Goela Seca”, finalista do Prêmio Jabuti 2024. A história de “Janeca”, uma galinha decapitada, serve de metáfora para a violência da pobreza e do silenciamento histórico.

A palestra é um testemunho potente do papel das políticas públicas e dos espaços de arte na transformação de vidas. Ao final, a autora reafirma o poder da palavra como ferramenta de resistência: “As pessoas leem, pai. Leem e transformam.”

José Moran
Luzes e sombras da educação do futuro

Na palestra “Luzes e Sombras da Educação do Futuro”, o educador José Moran compartilhou sua jornada e destacou como a descoberta da internet, nos anos 1980, provocou questionamentos sobre o futuro da educação. Apesar das promessas de transformação com as novas tecnologias, ele observa que muitas escolas seguem presas a modelos tradicionais. Para Moran, o aprendizado deve ser contínuo, em qualquer lugar e momento da vida.

Ele também discutiu o papel crescente da inteligência artificial no ensino, com potencial para personalizar o aprendizado e criar ambientes híbridos mais eficientes. Ainda assim, defende uma educação com base humanista, sustentável e solidária, capaz de formar pessoas equilibradas, conscientes e engajadas com os desafios do mundo atual.

Juliana Souza
O que você vê quando olha para mim?

Juliana Souza compartilha sua experiência pessoal como mulher negra em uma sociedade marcada por estereótipos e preconceitos. Ela explora como as percepções alheias, muitas vezes baseadas em julgamentos superficiais, podem impactar a autoestima e as oportunidades de indivíduos pertencentes a grupos marginalizados. Juliana enfatiza a importância de desafiar essas percepções e de promover uma compreensão mais profunda e empática das identidades alheias.

Além disso, Juliana destaca a necessidade de reconhecer e questionar os próprios preconceitos inconscientes, incentivando uma reflexão sobre como as construções sociais influenciam nossas interações diárias. Ela propõe que, ao adotarmos uma postura mais aberta e consciente, podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa, onde as pessoas sejam valorizadas por quem realmente são, além das aparências.

Kátia Chedid
Neurociência e educação

Na palestra “Neurociência e educação”, Kátia Chedid compartilha sua trajetória como educadora e mãe, destacando a importância da relação familiar no desenvolvimento das crianças. Antes da maternidade, já era comprometida com uma educação de qualidade, e reforça como pequenas práticas, como ler histórias antes de dormir, fortalecem vínculos e favorecem o aprendizado. Com base em sua vivência com seus três filhos e sua atuação em sala de aula, Kátia observa como o apoio familiar e a escuta ativa são fundamentais para o bem-estar emocional e o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

Ao longo de quase 40 anos de carreira, Kátia identificou lacunas na forma como a educação aborda questões como inclusão e saúde mental. Estudando mais a fundo, percebeu a influência de fatores como a respiração oral e o sono no desempenho escolar. Além disso, defende que as escolas ensinem explicitamente as funções executivas  habilidades como organização, planejamento e metacognição que ajudam os alunos a entender como aprendem, a gerenciar emoções e a desenvolver autonomia.

Leka Hattori
Somos todos astronautas 

Na palestra “Somos todos astronautas”, apresentada no TEDxSalvador, a cientista e educadora Leka Hattori convidou o público a adotar a “mentalidade do astronauta” como forma de encarar a vida com curiosidade, coragem e consciência coletiva. Para ela, assim como quem viaja ao espaço, todos somos desafiados a lidar com o desconhecido, exigindo preparo técnico, equilíbrio emocional e empatia.

Ao refletir sobre a visão da Terra a partir do espaço, Leka destacou como essa perspectiva muda a forma como enxergamos nossos problemas e nos conecta a algo maior. Ela também abordou o simbolismo das novas missões da NASA, que devem levar a primeira mulher e o primeiro afrodescendente à Lua em 2025, como um avanço não apenas científico, mas também social. A educadora defende que inspirar-se nesses passos é um caminho para acreditar no potencial humano e promover mudanças significativas na Terra.

Rosana Bastos
Precisamos falar sobre capacitismo


Rosana Bastos desmonta o mito da “inspiração capacitista”: desde criança, era chamada de “heroína” simplesmente por existir com uma deficiência consequência da poliomielite que contraiu aos 2 anos. Com histórias pessoais sensíveis (como ser isolada no recreio pelas freiras de seu colégio caríssimo ou virar “motivação involuntária” por dirigir um carro), ela expõe como o capacitismo transforma pessoas com deficiência em objetos de superação, negando-lhes o direito à humanidade comum.

A atleta paralímpica denuncia a falsa inclusão: enquanto empresas exibem cadeirantes em campanhas inspiracionais, menos de 10% ocupam cargos de liderança. Seu manifesto é claro: “Nada sobre nós sem nós”. Com humor ácido, lembra o passarinho do realejo que previu seu “sucesso”, e desafia: elogiem seu discurso, não sua coragem de atravessar a rua sozinha. Uma aula sobre a verdadeira acessibilidade.

Manoel Vicente de Barros
Normalidade: O que é estar bem na era do adoecimento mental

Você já parou para pensar que sua ansiedade pode ser mais do que um “transtorno”? E se, em vez de ignorá-la ou medicá-la, ela for um convite para uma jornada de autoconhecimento? Em sua palestra no TEDxCuiabá, o médico psiquiatra Manoel Vicente de Barros desafia a noção tradicional de “normalidade” na saúde mental, argumentando que a psiquiatria se concentra demais em diagnosticar e suprimir sintomas, em vez de entender a mente em sua complexidade. 

Ao narrar uma jornada pessoal, ele mostra como sintomas como ansiedade podem ser sinais profundos de necessidades não atendidas ou traumas não resolvidos.

Preta Ary
Bonecas negras para mudar o mundo

Na palestra “Bonecas negras para mudar o mundo”, a educadora e empreendedora Preta Ary chama atenção para a baixa representatividade racial no universo infantil. Segundo ela, no Brasil, apenas seis em cada cem bonecas produzidas são negras, um reflexo da invisibilidade que meninas negras enfrentam desde a infância. A ausência dessas referências nos brinquedos afeta a autoestima, o senso de pertencimento e a construção da identidade. Para Preta, a presença de bonecas negras nas brincadeiras é uma estratégia concreta de inclusão e respeito à diversidade, com impacto direto no desenvolvimento emocional das crianças.

A palestrante também destaca o papel da escola na reprodução ou combate ao racismo. Segundo ela, é fundamental que educadores estejam atentos à forma como as crianças negras são tratadas no ambiente escolar, garantindo um espaço acolhedor e representativo. Preta reforça que o ato de brincar é uma das principais formas de aprendizagem na infância, e que incluir elementos culturais e afroreferenciais, como bonecas, livros e músicas, contribui para o enfrentamento do racismo e para o fortalecimento da identidade positiva desde cedo.


Palestrantes estrangeiros

Amanda Gorman
Usar a voz é uma escolha política

(Para português, ative tradução de legendas)

Nesta palestra, Amanda Gorman, poeta e ativista norte-americana, reflete sobre o poder da linguagem como ferramenta de transformação social. Ela compartilha sua trajetória como escritora jovem e mulher negra nos Estados Unidos, mostrando como a escrita se tornou uma forma de resistência e afirmação pessoal. Amanda defende que usar a própria voz, especialmente para questionar injustiças e promover mudanças, é sempre um ato político, mesmo quando não parece abertamente engajado.

Ela destaca que, em tempos de crise e polarização, o silêncio pode reforçar estruturas de opressão, enquanto a expressão artística e a palavra falada têm o poder de inspirar, conectar e mobilizar. Ao incentivar outras pessoas a usarem suas vozes, Amanda propõe que todos nós temos um papel na construção de narrativas mais justas e inclusivas. A palestra é um chamado à ação para reconhecer a responsabilidade individual na criação de futuros mais equitativos por meio da fala, da escrita e da arte.

Angeline Murimirwa
A escola é só o começo. Como garantir que as meninas tenham sucesso para a vida toda 

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Angeline Murimirwa, presidente-executiva da CAMFED (Campaign for Female Education), vivenciou os desafios da educação feminina na África rural. Apoiada pela organização, que fornece desde material escolar até redes comunitárias, ela rompeu o ciclo da pobreza no Zimbábue. Sua experiência a levou a cofundar a CAMA, uma rede de 240 mil mulheres que oferecem mentoria, empréstimos e apoio sistêmico, provando que a educação exige uma rede de segurança para ser transformadora.

Em sua palestra, Murimirwa refuta a ideia de que “educar meninas” de maneira isolada resolve problemas globais. A CAMFED criou um ecossistema completo: combate a casamentos infantis, doa itens básicos (como absorventes, que podem custar 20 refeições) e forma uma irmandade de ex-alunas que compartilham recursos e conhecimento. Com o “efeito multiplicador” — cada graduada apoia três meninas —, 56 mil mulheres já assumiram lideranças, mostrando que a mudança real acontece quando a educação é coletiva, não individual.

Anirudh Krishna
Os 7 pilares para desbloquear o potencial

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Anirudh Krishna, especialista em pobreza e mobilidade social, relata um encontro marcante com Chandru, um jovem indiano de 13 anos com poliomielite e um talento excepcional para matemática. Apesar de seu potencial, a falta de oportunidades em sua comunidade tornava impensável seguir carreira como engenheiro — revelando uma dura realidade: o talento está em toda parte, mas as oportunidades não.

Inspirado por casos como os velocistas jamaicanos, Krishna propõe “escadas de talento”: sistemas que identificam e nutrem habilidades desde a base, com acesso democrático, mentores inspiradores e suporte contínuo. Baseadas em sete princípios (como transparência e adaptação), essas escadas já funcionam em esportes, tecnologia e artes. Sua expansão poderia abrir caminhos para milhões de “Chandrus” pelo mundo.

Bradley Freeman, Jr.
Como os fantoches/bonecos podem nos ensinar a ser bondosos

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Bradley Freeman Jr., criador de personagens do Vila Sésamo, revela em sua palestra uma verdade fascinante: bonecos são espelhos da alma humana. Com humor e demonstrações práticas, desde marionetes delicadas até a gigante Little Amal (3,6m), ele mostra como esses personagens transcendem o entretenimento.

Sua essência mágica está na parceria com o público: os bonecos ganham vida quando completados pela imaginação de quem os observa. Nessa interação, projetamos neles nossas emoções e vulnerabilidades, entrando em um estado de abertura infantil.

A reflexão mais profunda? A empatia instantânea que temos por um boneco “machucado” no palco muitas vezes supera a compaixão que dedicamos a nós mesmos — uma metáfora poderosa sobre nossa humanidade.

Chezare Warren
A diferença entre falsa empatia e apoio verdadeiro

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Chezare Warren, autor, intelectual e músico, conta que usa óculos desde a infância e compartilha uma história sobre uma festa em que não conseguiu enxergar sem suas lentes, o que o levou a refletir sobre o conceito de empatia. Ele explica que, após 15 anos estudando o tema, entendeu que a empatia envolve tanto como enxergamos (nossa perspectiva subjetiva) quanto o que enxergamos (observação objetiva).

No entanto, mesmo com boas intenções, muitas vezes caímos na “falsa empatia” — quando nossa ajuda diz mais sobre nós mesmos do que sobre o outro. Um exemplo disso são professores brancos que, apesar de desejarem apoiar alunos negros, falham em construir relações genuínas por não compreenderem suas realidades, rotulando-os como “desinteressados” sem considerar contextos mais profundos. Mas como acertar? Neste vídeo, Warren apresenta a mudança de perspectiva necessária para estabelecer relacionamentos saudáveis e oferecer um apoio verdadeiro.

Jerome Hunter
Três habilidades que todo garoto do ensino fundamental 2 precisa

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Na palestra, Jerome Hunter compartilha sua experiência como educador e mentor de meninos do ensino fundamental, destacando a importância de desenvolver habilidades socioemocionais nessa fase da vida. Ele argumenta que, além do conteúdo acadêmico, os meninos precisam aprender a se conhecer, se comunicar e se conectar com os outros. Essas habilidades são fundamentais para que desenvolvam autoconfiança, empatia e responsabilidade, especialmente em um momento em que estão formando sua identidade e enfrentando pressões sociais intensas.

Jerome destaca que muitos meninos crescem com mensagens confusas sobre masculinidade e emoções, o que pode limitar seu crescimento pessoal e afetar suas relações futuras. Por isso, propõe que a educação inclua espaços seguros para que eles expressem sentimentos, construam autoestima e cultivem vínculos positivos. Sua proposta é formar jovens mais conscientes, preparados não só para os desafios escolares, mas também para a vida em sociedade.

Mayra Figueroa-Saucillo
Escolas como o coração da comunidade

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

E se a escola fosse muito mais que um lugar para aprender matemática e gramática? E se ela pudesse ser o coração pulsante de uma comunidade, oferecendo não só educação, mas também esperança e oportunidades reais? Mayra Figueroa-Saucillo mostra como uma abordagem comunitária pode transformar vidas,  desde alunos que agora conseguem se concentrar porque não estão mais com fome, até famílias que encontram apoio mental e recursos essenciais.

Nemonte Nenquimo
“A floresta é nossa professora. É hora de respeitá-la

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Nemonte Nenquimo, líder indígena Waorani e fundadora da Aliança Ceibo, compartilha a sabedoria milenar de seu povo que vive no Equador: a floresta não é um “recurso”, mas um lar repleto de vida, medicina e espiritualidade. Ela denuncia como estradas, missionários e petroleiros — os cowori (estrangeiros que “não enxergam”) — destroem a Amazônia, contaminando rios, adoecendo comunidades e violando direitos ancestrais. Seu alerta é claro: 25% do planeta é protegido por povos indígenas, e sua luta é pela sobrevivência de todos, pois “quando a floresta sangha, o mundo perde seu pulmão”.

A mensagem de Nemonte vai além da denúncia. Ela convida os cowori a se tornarem aliados: “Vocês podem aprender a respeitar”. Com exemplos concretos — de folhas que curam dores de cabeça a cipós que viram cestos —, ela mostra que o conhecimento indígena é a chave para um futuro possível. Mas o tempo urge: enquanto governos e corporações fingem surdez, o petróleo vaza, o ouro é roubado e as queimadas avançam.

Pilar del Rio
O legado de um escritor pertence a nós, leitores

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Em uma emocionante palestra no TEDxPorto, a jornalista espanhola Pilar del Río  presenteia o público com uma reflexão: o verdadeiro legado de um escritor pertence aos seus leitores. Ela divide com o público o relato da despedida do marido, o escritor português José Saramago (1922-2010), quando milhares de pessoas saíram às ruas de suas duas “casas”: a Casa dos Bicos, em Lisboa, sede da Fundação José Saramago, e a casa do escritor em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha).

Com sensibilidade, Pilar revela como Saramago via os leitores como cidadãos de um país sem fronteiras, unidos pela literatura e pelos direitos humanos. A palestra nos mostra que os livros são cápsulas do tempo que carregamos: nas páginas sublinhadas, nas frases decoradas, nas ideias que nos transformam, os autores continuam vivos.

Scott Galloway
Como os EUA estão destruindo o futuro dos jovens

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Scott Galloway, professor da New York University, em Nova York (EUA), explica com humor ácido e dados chocantes como educação, moradia e salários se tornaram pontos de uma guerra geracional silenciosa. Scott afirma que o atual “contrato social” está quebrado, com os jovens da geração milenar sendo os primeiros a ter menos uma vida menos próspera do que a de seus pais. Ele também culpa políticas como salários mínimos estagnados, restrições a moradias e benefícios fiscais para os ricos, além de um sistema educacional elitista que prioriza lucro em lugar do acesso. 

O professor aponta a falta de representatividade política jovem e a transferência de dívidas para futuras gerações. Com ironia, questiona: “Amamos nossos filhos?”, desafiando a audiência a agir. Mas há solução. O que você faria se descobrisse que tudo isso é intencional? Assista até o final para descobrir como virar o jogo.

Veerle Ponnet
Aplicando os conhecimentos da neurociência para aprimorar o ensino e a aprendizagem

(Para português, ative tradução de legendas no YouTube)

Imagine transformar sua sala de aula em um ambiente onde cada aprendizado se fixa na memória como uma recordação feliz da infância. Em sua palestra fascinante, Veerle Ponnet,  especialista em neurodidática, revela como a neurociência pode revolucionar o ensino, mostrando por que nosso cérebro aprende melhor quando envolvido por emoções positivas e conexões significativas. Ela compartilha descobertas surpreendentes sobre como a motivação intrínseca, a permissão para errar e até mesmo um simples sorriso podem ser ferramentas poderosas para educadores.

Mas como aplicar essas ideias na prática? Veerle convida você a repensar o que significa “ensinar”, mostrando que pequenas mudanças na abordagem pedagógica — desde a criação de ambientes seguros até o uso de memórias emocionais — podem ter impactos extraordinários. Assista ao vídeo e descubra como transformar sua abordagem de ensino em uma experiência que não apenas educa, mas também inspira e transforma vidas.






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