Search
Close this search box.

22/07/2025

Search
Close this search box.

Por racismo, clubes brasileiros podem deixar a Conmebol? Entenda

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os times brasileiros deixem a Conmebol para atuar nas competições da Concacaf, a confederação que abriga os times da América do Norte, Central e Caribe.

Para Felipe Crisafulli, especialista em direito desportivo, a mudança não é simples, mas sim, bem rara. “Nós precisaríamos, primeiro, que a CBF deixasse de estar vinculada a sua associação membro, a Conmebol, e passasse a estar vinculada à Concacaf”, comentou.

A mudança geográfica surge em um momento de crise: após um caso de racismo contra jogadores do Palmeiras na Copa Libertadores Sub-20, a Conmebol puniu o Cerro Porteño a pagar uma multa de 50 mil dólares. O Alviverde achou a punição branda.

Nesta segunda-feira (17), Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, afirmou que a entidade pretende tomar medidas contra o preconceito com as entidades esportivas e governos locais. Porém, no mesmo dia, Domínguez comparou os brasileiros a uma macaca ao ser questionado sobre a ausência de times brasileiros nas competições sul-americanas. Com a repercussão negativa, o cartola se desculpou.

Mudança rara

“Para os clubes brasileiros poderem disputar as competições da Concacaf, nós precisaríamos, primeiro, que a CBF deixasse de estar vinculada a sua associação membro, a Conmebol, e passasse a estar vinculada à Concacaf. Isso demandaria um pedido formal da CBF à Fifa, mais a aprovação dessas mesmas entidades de âmbito continental e, aí sim, essa alteração ocorrer”, afirmou o especialista.

A CBF cobrou a Conmebol por uma ação contra o racismo, porém em nenhum momento se manifestou sobre uma possível saída da entidade.

Não há no regimento da Conmebol a previsão de que uma confederação de um dos dez países membros deixe a entidade por conta de casos de racismo.

“Porém, essas alterações de uma associação membro de uma entidade continental para outra, elas são bem raras. Temos, por exemplo, o caso da Austrália, mas isso se deveu a uma especificidade da Oceania em que, o futebol daquele país, é muito mais desenvolvido que o futebol dos demais membros do que a confederação daquela região do planeta”, disse Crisafulli.

Em 2005, a Austrália negociou a saída da Confederação de Futebol da Oceania rumo a Confederação Asiática de Futebol. Os pedidos para ambas confederações foram aprovados por unanimidade e, em 2006, a Fifa aprovou a troca.

Outro caso conhecido é do futebol israelense. Entre 1954 a 1974, a Associação de Futebol de Israel fez parte da Confederação Asiática de Futebol. Com pressão de países árabes e muçulmanos por questões religiosas e dos conflitos armados no Oriente Médio, Israel ficou 20 anos fora de qualquer confederação até que, em 1994, o país teve seu acesso à UEFA, a confederação europeia, aprovado.

 

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Agência Minas Gerais | Propag: Governo de Minas sanciona lei que trata da cessão de direitos creditórios do Estado à União

Relacionadas O Governo de Minas sancionou, nesta terça-feira (22/7), a lei que cede direitos creditórios…

Crystal Palace appeal to CAS against Europa League demotion

In their appeal Palace have requested an annulment of the decision by Uefa’s financial control…

Decisões de Moraes travam articulações do PL para 2026

As medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão…