O ativista humanitário Thiago Ávila apareceu em vídeo para relatar o ataque sofrido por um dos barcos da Global Sumud Flotilha, o Família Madeira, nesta segunda-feira (8/9), no porto de Sidi Bou, na Tunísia. O brasileiro estava a bordo da embarcação, que integra a missão humanitária pró-Gaza. Ninguém ficou ferido. A jornalista brasileira Giovanna Vial também comentou o episódio.
Ao saber do ataque, a comunicadora afirmou que se dirigia ao local. “O deck foi atingido por um drone. Chegou a atingir uma parte do deck. Alguns de nossos companheiros estavam no momento do ataque. A gente está indo lá agora pra entender o tamanho do estrago, entender se a gente vai continuar com esse barco ou não”, declarou.
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Em um vídeo publicado no Instagram, Thiago detalhou o ocorrido: “Oi, pessoal. Estou aqui a bordo do barco da família Global Sumud Flotilha. Nós acabamos de ser atacados de novo. Miguel e cinco outros membros do nosso time estavam aqui. Miguel viu um drone, o drone se aproximou e caiu em um dispositivo incendiário que se quebrou e colocaram fogo no barco. Eles apagaram o fogo, fizeram o que puderam, mas infelizmente temos que dizer que, de novo, a missão Flotilha foi atacada.”
Ele continua: “Cinco meses atrás, eu me lembro do mesmo cheiro de quando eles atacaram. E ainda é muito cedo para dizer, mas sabemos quem odeia uma missão humanitária como a nossa. Sabemos quem já disse na imprensa que eles iriam tomar ação contra nós. Sabemos quem odeia a ideia de pessoas se juntando para prevenir crianças de morrer de fome. Sabemos aqueles que bombardearam hospitais, bombardearam casas, bombardearam escadas. Sabemos o interesse de quem ataca. Na verdade, estou muito satisfeito de ver que todos estão vivos.”
Segundo o ativista, as seis pessoas que estavam no barco sobreviveram. “Mais uma vez, seis pessoas estavam aqui em bordo por um milagre que ninguém morreu. Por favor, compartilhem o que está acontecendo em Gaza. Por favor, compartilhem o que está acontecendo na Palestina. Eles fazem tudo isso porque querem nos parar.”
Em seguida, Miguel, que estava com Thiago no momento do ataque, também relatou o que presenciou: “Sim, eu estava no Jafta, no fundo do navio. Eu ouvi que era claramente um drone. Eu saí do cobertor, vi um drone que estava a cerca de 4 metros do meu cabelo. Eu chamei por alguém. E então nós vimos que ele se movimentou lentamente até o destino avançado, onde estamos agora. Ele derrubou a bomba, ou o que for. Era um aparelho incendiário… E havia uma grande chama que estava além do navio.”
Thiago finalizou reforçando o apelo por mobilização: “Vocês todos sabem o que acontece quando nós defendemos esses regimes opressivos. Mas nós precisamos continuar. Por favor, levantem-se. Por favor, mobilizem-se em todos os lugares. Nós precisamos colocar um fim a isso.”