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23/07/2025

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Cardeal Ambongo: “Devemos ser pastores credíveis de esperança para África”

Em Kigali (Ruanda), o episcopado africano quer “definir uma visão comum para o futuro da Igreja em África e traçar caminhos de esperança, paz e reconciliação para o nosso continente sofrido”, disse o presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM), Cardeal Fridolin Ambongo, falando aos media do Vaticano antes da 20ª Assembleia Plenária do SECAM, a ter lugar na capital ruandesa de 30 de julho a 4 de agosto próximos.

Françoise Niamien – Cidade do Vaticano

A 20ª Assembleia Plenária do Episcopado Africano será realizada dentro de dias em Kigali, no Ruanda. Presidida pelo Cardeal Fridolin Ambongo, Arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC), e Presidente do SECAM, este encontro continental receberá aproximadamente 250 participantes de 54 países africanos e de suas ilhas, bem como convidados internacionais.

Este evento trienal, que coincide com o Ano Jubilar, tem como tema: “Cristo, fonte de esperança, reconciliação e paz“. Para o Cardeal congolês, há uma “necessidade urgente de paz, reconciliação, justiça e bem-estar para os africanos“. “Hoje, muitas regiões de África enfrentam instabilidade política e de segurança, marcadas por golpes de Estado, conflitos, terrorismo, tensões e violência, resultando em milhares de mortos e deslocados em condições muito precárias“, lamentou o purpurado. E o Cardeal cita como prova “a triste realidade do terrorismo no Sahel, a guerra no leste da República Democrática do Congo e os conflitos no Sudão e no Sudão do Sul“.

Ser pastores da esperança

Estas situações mergulham o continente africano num “sofrimento humano generalizado“. Assim, os bispos africanos querem “dar uma razão de esperança a este povo sofredor que corre o risco de se afundar no desespero“. “Para nós, ser pastor no contexto atual de África significa essencialmente ser uma testemunha credível de esperança, reconciliação, paz e desenvolvimento para este povo que sofre“, insistiu o presidente do SECAM.

Dom Ambongo espera que, sob a orientação do Espírito Santo, os Bispos consigam definir uma visão comum, estruturada e de longo prazo que possa orientar o seu trabalho como pastores na Igreja e na sociedade africana. “Nesse sentido, o episcopado africano pretende esforçar-se mais para contribuir com a sua parte na resposta aos desafios sociopolíticos que o nosso continente enfrenta“, acrescentou.

Doze pilares para responder às realidades pastorais

Segundo o Secretariado-Geral do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar, que emitiu um comunicado de imprensa no dia 15 de julho, a Assembleia de Kigali será um momento privilegiado de reflexão, comunhão e tomada de decisões. Avaliará os progressos alcançados desde a reunião anterior, realizada em Acra (Gana), em 2022, e traçará um caminho visionário para a Igreja em África.

Assim, vários pontos estarão na agenda, entre os quais a apresentação da visão de longo prazo do SECAM para 2025-2050, articulada em torno de doze pilares fundamentais, como a evangelização, a liderança familiar, o envolvimento dos jovens, a proteção da criação, a missão digital e a responsabilidade política. Os Bispos africanos farão uma reflexão pastoral sobre o acompanhamento dos católicos em realidades culturais complexas, nomeadamente a poligamia, discutida durante o sínodo sobre a sinodalidade. Além disso, as discussões sobre governação, justiça, paz, diálogo inter-religioso, mudanças climáticas e protecção ambiental constituirão, entre outros, pontos de troca entre os participantes.

A propósito do SECAM

A Assembleia Plenária do SECAM é o maior encontro da Igreja Católica em África e suas ilhas. Realizada de três em três anos, reúne um número significativo de cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, bem como fiéis leigos de todo o continente, e não só.

Fundado em 1969 durante a histórica visita do Papa Paulo VI a África, o SECAM é a estrutura continental da Igreja Católica em África e Madagáscar. A sua missão é fomentar a comunhão, promover a evangelização e ser a voz moral e espiritual da Igreja no continente e suas ilhas. Os seus principais departamentos incluem a Comissão da Evangelização, a Comissão de Justiça, Paz e Desenvolvimento (JPDC) e o Departamento para a Comunicação Social. Além disso, o SECAM mantém um gabinete de ligação com a União Africana (UA), sediado em Adis Abeba, para garantir a participação da Igreja na formulação de políticas e na advocacia em todo o continente.

Oito conferências episcopais regionais compõem o SECAM: ACEAC (África Central), ACERAC (África Central), AHCE (Egipto), AMECEA (África Oriental), CEDOI (Oceano Índico), CERNA (África do Norte), IMBISA (África Austral), RECOWA-CERAO (África Ocidental).



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