– Acho que era importante deixar claro o quanto isso tudo pode se frustrar com fatos que ainda não foram considerados nas contas, como as questões que envolvem a taxação dos produtos brasileiros na economia americana. Além disso, ainda há incerteza sobre os ganhos com arrecadação a partir da reforma do IR, de fundos de super ricos, gastos tributários – ressalta a economista.
Juliana pondera ainda que o aumento expressivo de receitas ligadas ao aumento da exploração de petróleo e gás, às vésperas da COP 30, em Belém, pode dar uma sinalização que vai contra a ambição brasileira de liderar a discussão da preservação ambiental e da transição da economia para uma matriz mais verde, mais limpa.
Durante a coletiva, o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, Clayton Montes, lembrou que os contingenciamentos podem ser revistos à frente caso seja necessário. Na visão da professora do Insper, no entanto, seria melhor uma redução menos significativa agora do que uma revisão futura até para ratificar o compromisso fiscal do governo. Qual seria o valor ideal desse contingenciamento, porém é difícil precisar: