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06/07/2025

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Fávaro critica juros altos e diz que Selic de 15% ao ano é ‘desafio gigante’ para o Plano Safra


Ministro da Agricultura afirma não compreender alta da taxa básica com inflação e desemprego em queda; Lula defende presidente do BC, Gabriel Galípolo

Ricardo Stuckert/PRO presidente Lula e o ministro Carlos Fávaro se cumprimentam durante o anúncio do Plano Safra

Durante o lançamento do Plano Safra 2025, nesta terça-feira (1º), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fez duras críticas à atual taxa Selic de 15% ao ano, fixada pelo Banco Central no mês passado. Em um discurso direto, o ministro classificou o índice como incompreensível, especialmente diante de indicadores econômicos positivos, como inflação controlada, crescimento da economia e queda do desemprego. “Com todo o respeito ao Galípolo e à equipe do Banco Central, mas não consigo compreender. Temos inflação controlada, gastos públicos sob controle, a economia crescendo e, ainda assim, uma Selic de 15%? Eu, que não sou economista, confesso que não entendo”, declarou Fávaro.

A fala ocorre em meio ao início do novo ciclo do Plano Safra 2025, que prevê um volume recorde de R$ 516,2 bilhões para financiar o setor agropecuário até junho de 2026. O anúncio foi celebrado pelo governo como um marco de investimento no campo, mas o ministro fez questão de destacar que a alta dos juros impôs enormes desafios à sua elaboração. “Foi um desafio gigante fazer esse plano safra recorde. Confesso que achava muito difícil conseguirmos, especialmente com essa Selic. O governo federal teve que absorver o aumento com equalização de juros — ninguém gosta de pagar juros altos”, afirmou.

Fávaro destacou que a alta da Selic impactou diretamente a estrutura de financiamento agrícola, forçando o governo a ampliar os subsídios para manter as taxas de crédito acessíveis ao produtor rural. A taxa, fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, subiu de 10,5% para 15% ao ano no período de 12 meses, atingindo o maior patamar em quase duas décadas. A decisão contou com o voto favorável de Gabriel Galípolo, presidente do BC desde janeiro e nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula defende presidente do Banco Central

Em meio às críticas públicas, o presidente Lula saiu em defesa de Galípolo. Em declarações recentes, afirmou que o presidente do BC “está fazendo seu papel” e que espera uma reversão gradual da Selic nos próximos meses. “Ele [Galípolo] é um técnico que conhece a realidade do país. Confio que a taxa vai cair no tempo certo”, disse Lula.

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O episódio expõe mais uma vez o tensionamento entre o Planalto e o Banco Central em relação à condução da política monetária — um embate que se arrasta desde o início do atual governo e que deve continuar impactando decisões econômicas importantes, especialmente em áreas sensíveis como o crédito rural. A expectativa do setor é de que o governo continue compensando os impactos da Selic por meio de subsídios, garantindo que os recursos anunciados no Plano Safra cheguem efetivamente ao campo com condições de financiamento viáveis.





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