Israel atingiu alvos no Iêmen na noite desta segunda-feira (5), no horário local, informou o exército israelense, um dia após o Houthis, apoiados pelo Irã, dispararam um míssil balístico que atingiu o principal aeroporto israelense.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar no momento e local escolhidos por Israel e prometeu no domingo que uma resposta contundente seria dada.
Esses ataques marcam os primeiros ataques israelenses no Iêmen em meses e deixaram pelo menos 21 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde, administrado pelos houthis.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que os ataques tiveram como alvo o porto de Hodeidah e áreas vizinhas. Dezenas de alvos foram atingidos, com cerca de 20 caças participando da missão, informou o exército.
“O porto marítimo de Hodeidah é usado para a transferência de armas iranianas, equipamentos para fins militares e outras necessidades relacionadas ao terrorismo”, afirmou a IDF em um comunicado. Caças israelenses também atacaram uma fábrica de cimento a leste de Hodeidah para seu uso na construção de túneis e infraestrutura militar, informou a IDF.
O canal de TV Al-Masirah, administrado pelos Houthis, disse que o porto de Hodeidah foi atingido seis vezes, além de confirmar o ataque à fábrica de cimento em Bajil, a leste de Hodeidah.
O exército israelense fez várias tentativas de interceptar o míssil balístico disparado contra Tel Aviv no domingo, mas não conseguiu derrubá-lo, resultando em um ataque bem-sucedido à instalação fortemente defendida. O ataque parece ter sido a primeira vez que o aeroporto internacional de Israel foi alvo de ataque do grupo.
Na noite de domingo, o grupo rebelde apoiado pelo Irã afirmou que “imporia um bloqueio aéreo abrangente” a Israel, “atingindo repetidamente aeroportos”, especialmente o Ben Gurion. Apelou às companhias aéreas internacionais para que se planejassem adequadamente e cancelassem todos os voos programados para aeroportos israelenses.
Netanyahu convocou o gabinete de segurança de Israel na tarde de domingo para discutir o caso.
“Agimos antes e agiremos no futuro também”, disse Netanyahu em um vídeo publicado nas redes sociais. “Não posso me aprofundar em tudo isso. Os EUA, em coordenação conosco, também estão operando contra eles. Não é algo definitivo”, disse ele.
Israel lançou várias rodadas de ataques contra os houthis no Iêmen, incluindo ataques a uma usina nuclear e a portos marítimos em janeiro.
Os militares americanos realizaram ataques muito mais abrangentes contra alvos no Iêmen nos últimos meses, com o objetivo de enfraquecer o grupo e interromper os ataques houthis contra navios da Marinha dos EUA e embarcações comerciais que operam no Oriente Médio.
Mas os ataques pouco fizeram para conter o lançamento de projéteis houthis contra Israel ou contra navios de guerra americanos no Mar Vermelho e em Bab al-Mandeb, duas das hidrovias estrategicamente mais importantes do mundo.
Os houthis lançaram mísseis balísticos contra Israel por três dias consecutivos, culminando no ataque que atingiu o aeroporto. Na semana passada, um caça F/A-18 americano caiu de um porta-aviões no Mar Vermelho após o navio fazer uma curva fechada para escapar de um ataque houthi.
“O mundo inteiro está sendo desafiado pelos houthis”, disse Netanyahu ao presidente cipriota Nikos Christodoudiles no domingo. “Não toleraremos isso. Tomaremos medidas muito firmes contra eles. E sempre nos lembramos de que eles agem sob a direção e o apoio de seu patrono, o Irã.”
Os houthis alertaram na noite de domingo que poderiam atacar novamente e “imporiam um bloqueio aéreo abrangente” a Israel, “atingindo repetidamente aeroportos”, especialmente o Ben Gurion.
O governo pediu que as companhias aéreas internacionais planejassem adequadamente e cancelassem todos os voos programados para aeroportos israelenses.
