João Fonseca vai obter mais um feito no tênis brasileiro na próxima segunda-feira. O carioca de 18 anos será o mais jovem do país na história a entrar no Top 50 do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Após sua boa campanha em Wimbledon, ele vai aparecer no 48º posto, a melhor posição de sua carreira até agora.
Perto de completar 19 anos, no dia 21 de agosto, Fonseca vai superar Gustavo Kuerten, até então o mais jovem Top 50 da história do tênis nacional. Em 1997, Guga deu um salto na lista da ATP ao se sagrar campeão de Roland Garros pela primeira vez. Disparou do 66º para o 15º lugar, aos 20 anos e nove meses.
Superando ídolos
Quase três décadas depois, Fonseca sairá do 54º para o 48º lugar do ranking, na atualização da próxima segunda-feira, após o fim de Wimbledon. A posição foi confirmada nesta segunda com a queda do croata Marin Cilic nas oitavas de final em Londres.
Se ele tivesse vencido o italiano Flávio Cobolli, teria superado Fonseca na lista da ATP. Cilic era o único tenista ainda vivo no Grand Slam britânico que poderia superar Fonseca na próxima atualização do ranking. Os demais atletas ainda em disputa em Londres estão à frente do brasileiro. E aqueles já eliminados, mas que disputam torneios de nível Challenger nesta semana, não poderão alcançar a pontuação do carioca.
A vantagem de subir no ranking
Ao vencer duas partidas em Wimbledon, em sua primeira participação na chave principal, Fonseca embolsará 100 pontos no ranking. Vai subir de 1.016 para 1.116 pontos. Com esta subida, ele se aproxima do objetivo de ser cabeça de chave nos próximos Grand Slams. Para entrar nesta lista, que conta com 32 tenistas, precisa estar na faixa dos 35 primeiros colocados da ATP.
Entrar numa competição como cabeça de chave é de grande vantagem para um tenista porque, no sorteio, não teria outro pré-classificado em seu caminho nas primeiras rodadas. Assim, um tenista cabeça de chave não enfrentaria numa primeira ou segunda rodada o número 1 do mundo.
Como chegou ao top 50
A entrada no Top 50 confirma uma rápida ascensão de Fonseca no circuito. O brasileiro despontou em dezembro, já no fim da temporada profissional, ao se sagrar campeão do Next Gen Finals, torneio com os oito melhores sub-20 do mundo. Depois, brilhou na Austrália com título de Challenger e quatro vitórias no Aberto da Austrália, entre qualifying, a fase preliminar, e a estreia na chave principal de um Grand Slam.
O triunfo sobre o russo Andrey Rublev, então número nove do mundo, colocou o brasileiro de vez no mapa do tênis mundial. E o fez entrar no Top 100, uma das metas para este seu segundo ano entre os profissionais. Fonseca terminou 2024 no 145º posto, em outro grande salto no ranking. Ele havia encerrado a temporada 2023 na modesta 727ª colocação.
Preparativos para último Grand Slam da temporada
Após se despedir na terceira rodada em Wimbledon, o brasileiro foca sua preparação para a temporada de quadra dura nos Estados Unidos, que culmina na disputa do US Open, o quarto e último Grand Slam da temporada. Os próximos torneios do carioca são os Masters 1000 de Toronto (27 de julho) e Cincinnati (7 de agosto), além do próprio US Open, que começa em 24 de agosto.