A Mercedes-Benz ainda está decidida em acabar com o Classe A, como parte dos planos de redução da sua linha de compactos, mas o cronograma foi oficialmente alterado. Ao invés de se despedir em 2026, conforme os planos originais, ele terá mais alguns anos de vida, conforme confirmou o chefe de produção da montadora, Jorg Burzer.
O motivo para a mudança é a boa aceitação dos modelos na Europa. Entre janeiro e maio deste ano, o Classe A vendeu 27.772 na Europa. Mesmo que esse número represente uma queda de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, foi o suficiente para manter a dupla de hatch e sedã viva até 2028, ao que tudo indica, embora o executivo não tenha cravado uma data.
A quarta e atual geração do Classe A estreou em 2018 e ganhou um facelift em 2022. Não seria estranho que ele ganhasse mais um redesign para se manter relevante e competitivo contra concorrentes como o BMW Série 1 e o Audi A3.
Já no fim de sua vida, o Classe A terá sua produção realocada para a fábrica de Kecskemet, na Hungria. Isso abrirá mais espaço nas linhas de produção de Rastatt, na Alemanha, onde o compacto era produzido, para focar na produção da plataforma MMA.

É essa plataforma que dá origem às novas gerações dos quatro modelos compactos que restaram no portfólio da Mercedes. O primeiro deles nós já conhecemos, o cupê CLA, que estreou com uma versão elétrica de até 359 cv.
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Além dele, a linha de compactos da Mercedes também será composta pelas próximas gerações dos SUVs GLA e GLB. Um novo classe G menor, apelidado de “baby G”, estreará para compor o portfólio, mas esse adotará uma plataforma totalmente nova, conforme confirmou Markus Schafer, diretor de tecnologia da Mercedes.

Lançado em 1997, o Classe A era um supermini, como chamam os europeus, e tinha uma carroceria mais próxima de uma minivan compacta. A segunda geração veio em 2004 e manteve o mesmo estilo. Foi só em 2018 que ele ganhou as carrocerias hatch e sedã.
Atualmente, o menor dos Mercedes é vendido com motor 1.3 turbo a gasolina e sistema híbrido plug-in, que pode ter 118 cv ou 163 cv. Esse último é a versão A200, que chegou a ser vendida no Brasil, mas não está mais disponível no catálogo da marca.

Para cumprir seu legado por aqui, resta apenas a versão esportiva, o AMG A 45 S 4MATIC. Partindo dos R$ 604.900, o hot hatch tem motor 2.0 turbo de quatro cilindros de 421 cv e 50,9 kgfm de torque, além de câmbio automatizado de oito marchas e dupla embreagem, que distribui a força integralmente.
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Os europeus têm ainda uma versão híbrida plug-in, com o mesmo 1.3 turbo das versões básicas. Graças a eletrificação, a potência do sistema chega aos 218 cv, e a autonomia elétrica anunciada é de 80 km.