Denso e persistente nevoeiro comprometeu as operações dos aeroportos de Buenos Aires nesta terça-feira (8), afetando voos em Ezeiza e Aeroparque. Diversos pousos foram cancelados, adiados ou desviados.
JUAN MABROMATA/AFP/METSUL
O fenômeno meteorológico reduziu drasticamente a visibilidade, o que levou à emissão de um alerta violeta pelo Serviço Meteorológico Nacional. O aviso também inclui partes de Córdoba, Santa Fé e Entre Ríos.
Segundo o SMN, a visibilidade deveria melhorar por volta das 10h. Até lá, as operações aéreas seguiam bastante afetadas, com aeronaves aguardando ou sendo redirecionadas.
Pelo menos 17 voos internacionais com destino a Ezeiza foram desviados para aeroportos alternativos. As cidades de Assunção, Montevidéu, São Paulo e Córdoba receberam as aeronaves.
Entre os voos desviados estavam aviões da Lufthansa, Avianca, Latam, Copa Airlines, United, Air Europa e Aerolíneas Argentinas. Apenas dois aviões conseguiram pousar durante breves aberturas na neblina.
Quatro aeronaves orbitavam sobre o norte da Grande Buenos Aires, esperando autorização para pousar. Caso não houvesse melhora nas condições, seguiriam também para destinos alternativos.
No Aeroparque, as operações começaram normais, mas foram suspensas perto das 10h. A neblina reduziu a visibilidade, o que levou ao fechamento temporário da pista.
Foram cancelados 13 voos em Aeroparque e 29 ficaram atrasados. Os atrasos afetaram tanto partidas quanto chegadas, inclusive para destinos turísticos como Bariloche e Neuquén.
Aerolíneas Argentinas e Flybondi confirmaram atrasos generalizados. Embora a neblina não impeça os pousos, a baixa visibilidade exige precauções e afeta toda a malha aérea.
O caso mais crítico envolveu um Boeing 747 da Lufthansa. O voo saiu de Frankfurt com destino a Ezeiza, mas não conseguiu pousar após duas tentativas frustradas.
A aeronave foi inicialmente desviada para Assunção. Depois de reabastecer, voltou a tentar pousar em Buenos Aires, sem sucesso. Novamente em órbita, foi então redirecionada a São Paulo.
Durante a aproximação ao Aeroporto de Guarulhos, os pilotos da Lufthansa declararam “mayday”. A emergência acionou o protocolo com presença de bombeiros na pista.
Após o pouso, o controle de tráfego aéreo questionou os pilotos sobre o motivo da emergência. A resposta foi clara: fadiga da tripulação e combustível em nível crítico.
O voo LH-510 ficou mais de 14 horas em operação, somando tentativas frustradas de pouso e dois longos desvios. A situação levou a Lufthansa a adotar medidas de segurança.
A situação nos aeroportos de Buenos Aires refletiu os impactos que a névoa pode causar. Diversos passageiros ficaram retidos, conexões foram perdidas e os voos acumularam atrasos.
As autoridades argentinas recomendaram que os passageiros consultem as companhias aéreas antes de se deslocar. A expectativa era de normalização progressiva ao longo do dia.
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