Renato Portaluppi não conseguia esconder a tristeza após a queda do Fluminense no Mundial de Clubes, com derrota por 2 a 0 para o Chelsea, nesta terça-feira em Nova Jersey. O sentimento do treinador, contudo, era de orgulho e gratidão pelo trabalho realizado nos Estados Unidos. Na visão do técnico, o Fluminense deixa a competição de ‘cabeça erguida’ e o Brasil ‘resgata a credibilidade’ no planeta.
“Sem dúvida alguma a gente sai de cabeça erguida pelo o que fez. Sabíamos que ia ser difícil diante de uma equipe bastante qualificada. Tentamos, mas eles saíram na frente, e o segundo gol em um contra-ataque deu tranquilidade. Valeu pela campanha”, afirmou o treinador.
Na visão de Renato, a partida estava sob controle até João Pedro acertar belo chute e abrir o marcador aos 17 minutos. “A gente sabia que ia receber pressão forte do Chelsea, estava sabendo sofrer, mas infelizmente para a gente, João Pedro acertou aquele belo chute de fora da área. E quando sai na frente é uma vantagem grande pelo calor, ter de correr atrás do adversário não é fácil.”
O técnico relutou em falar do pênalti ainda no gramado, disse que estava de longe e que precisava ver melhor e com calma no vestiário. Na coletiva, admitiu que se a marcação tivesse sido mantida, o rumo da partida seria diferente. “Na minha visão foi pênalti. Vão dizer que estava com o braço colado, mas eu marcaria. Existem árbitros que marcam, outros não, mas se tivesse sido marcado, a gente faria o gol e o rumo do jogo seria diferente e a história seria totalmente diferente”, disse.
“Acho que a credibilidade voltou bastante forte para o futebol brasileiro pelo que as equipes fizeram, Flamengo, Palmeiras e Botafogo e agora o Fluminense, indo até uma semifinal”, frisou, novamente pedindo respeito aos técnicos do País. “O Brasil precisa olhar seus treinadores com outros olhos e valorizar. Nada contra estrangeiros, pelo contrário, há espaço para todos, mas só se falam dos estrangeiros e mostram pouco interesse aos brasileiros”, disparou.