(foto: Reprodução)
A revista El Gráfico, da Argentina, repercutiu a crise financeira do Atlético e seus desdobramentos extracampo. A situação escalou a ponto de alguns jogadores – Igor Gomes, Gustavo Scarpa e Guilherme Arana – acionarem o Galo extrajudicialmente. O atacante Rony chegou a pedir rescisão, mas desistiu da ideia.
Em sua manchete, a revista argentina estampou: “Rebelião na fazenda: o forte protesto dos líderes do Atlético Mineiro contra a diretoria”.
O início do título é uma tradução literal do espanhol “Rebelión en la granja”, que remete à famosa obra “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, sugerindo uma analogia entre a exploração retratada no livro e a situação atual no Galo.
A reportagem de El Gráfico detalhou a origem do conflito: “Vários jogadores do Atlético Mineiro iniciaram medidas legais contra o clube por salários atrasados, pagamento das parcelas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e direitos de imagem”.
“O caso mais emblemático foi o do atacante Rony, que exigiu a rescisão unilateral de seu contrato com o Atlético, com pedido protocolado na Justiça nesta terça-feira (22/7)”, acrescentou a publicação.
Contudo, o atacante de 30 anos, ex-Palmeiras, reconsiderou a decisão e optou por permanecer no Galo.
Resposta do Atlético
A revista El Gráfico mencionou a resposta do empresário Rubens Menin, dono da maior parte das ações da SAF do clube.
“A diretoria está tentando quitar os pagamentos pendentes com os jogadores. O acionista majoritário do Atlético, Rubens Menin, deverá comparecer pessoalmente à centro de treinamentos do clube nesta quarta-feira (23/7) para se reunir com os jogadores e tratar do possível pagamento das dívidas”.
A Revolução dos Bichos
No livro de George Orwell, os animais de uma fazenda se revoltaram contra os humanos que os exploravam e tomaram o controle da propriedade para criar uma sociedade baseada na justa e na igualitária.
No entanto, com o passar do tempo, os porcos – líderes da revolução – começam a se tornar opressores e a explorar os outros animais, que ficam em uma situação similar à anterior, com a diferença de que agora são oprimidos por seus próprios pares.
O paraíso de progresso, justiça e igualdade se torna um inferno para os próprios animais.
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”, lê-se, em uma das passagens mais marcantes do livro.
A obra foi escrita durante a Segunda Guerra Mundial e publicada pela primeira vez em 1945.